Solidão – novos caminhos

A solidão tem sido um tema cada vez mais recorrente em nosso dias. Não está vinculada a faixa etária, nem ao gênero.

Ela tem surgido nas pessoas que moram com família e naquelas que moram sozinhas, em adolescentes comdificuldades para se relacionar e com idosos que ficam sozinhos em suas casas ou em lar para idosos, em solteiros ou casados.

Tenho percebido com maior frequencia em expatriados, pessoas que sairam do Brasil para trabalhar, estudar ou fazer missão. Mulheres solteiras, divorciadas ou viúvas que moram sozinhas, e principalmente aquelas que vão para missões transculturais sofrem com este sentimento e tem dificuldades apra lidar com a solidão.

Novas pesquisas

O psicólogo Joel Vos autor de “Meaning in life” sugere que as pessoas se envolvam em atividades com significados.  Esta orientação serve para qualquer idade, mas com mais importância asos idosos que vão naturalmente perdendo seus pares, amigos, trabalho e ficando mais ociosos. se envolver em atividades significativas reforçam  o sentido da vida,  trazem prazer, geram dopamina, hormônio tão importante para o bem estar e saúde mental. 

O vídeo abaixo traz importantes sugestões sobre a inserção de grupos sociais diversificados para pessoas idosas, mas estas mesmas sugestões são adequadas para aqueles que experimentam mudança trasncultural. É necessário conhecer pessoas, desenvolver a comunicação, aprender os costumes.

Muitos estudos tem sido feitos acerca deste assunto e como lidar com  a solidão. Grupos tem se mobilizado para atender idosos solitários. A OMS – Organização Mundial da Saude, afirma que as ligações sociais de qualidade são essenciais para a nossa saúde física, mental e emocional independentemente da idade.

Boas ligações sociais devem fazer a pessoa se sentir plena, abastecida emocionalmente. Em situações onde a pessoa ou  família vai trabalhar, estudar ou  desenvolver  outras atividades em outro país ou lugar distante de familiares e amigos, o sentimento de solidão surge com  mais força. 

Viver em outro país

Nas  minhas conversas com pessoas, principalmente as que estão fora de sua terra  natal, o tema da solidão tem sido constante.

O que fazer para não se sentir sozinho? Não sentir solidão? Como minimizar o sentimento de solidão?

Estas têm sido perguntas frequentes nos meus atendimentos. Achar soluções possíveis dentro do contexto pessoal interno em obervação do contexto da cutura. Tudo vai depender de como você encara a vida, lida com os desafios constantes, a como você se sente bem com você mesmo, a como você enfrenta o diferente e está disponível para lidar com  suas emoções nas diversas situações.

A experiência do sentir a solidão é única para cada pessoa. Muitas vezes é inexplicável e incompreendida por que escuta o relato da pessoa. Ela é mais intensa e presente naqueles que moram fora de seu país natal porque se mistura com a saudade da familia, de amigos, de comidas e cheiros.

Para isto é necessário investir no  seu desenvolvimento pessoal, no seu autoconhecimento, para poder ampliar a leitura sobre seu funcionamento, suas reações e assim ter uma melhor administração emocional. Esta autoconsciência permitirá uma compreensão maior do outro e das suas reações. Desenvolver habilidades relacionais são fundamentais para bons relacionamentos é a base para lidar e minimizar o sentimento de solidão.  

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Lea Marcondes

Terapeuta especialista em Transição Cultural. Ajuda missionários, pastores, líderes e famílias cristãs a se prepararem emocionalmente para uma mudança de país, ajustando o seu chamado e projeto de vida aos novos desafios. Também as acompanha para que enfrentem de forma mais saudável as adaptações na nova cultura, evitando que fiquem confusas, perdidas ou em depressão neste momento tão importante de suas vidas.


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